Em Gramado, Santi destacou as contribuições das novas ferramentas para a agricultura

O advento da agricultura de precisão foi benéfico para o aumento da produtividade das lavouras, mas o uso das ferramentas trazidas pelas tecnologias pode potencializar resultados de produtividade. Essa foi a mensagem deixada pelo engenheiro agrônomo e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Antônio Santi na primeira palestra do segundo dia do 29º Seminário Cooplantio, que ocorre no Centro de Eventos do Hotel Serrano em Gramado.

Para o especialista, uma das grandes contribuições da agricultura de precisão é terminar com áreas de instabilidade dentro das lavouras. No entanto, dados de pesquisas apresentados por Santi na palestra indicam que fatores isolados no processo decidem muito pouco sobre a produção. “Não podemos esquecer que estes robôs estão interagindo com planta, com ambiente do solo. Nosso grande desafio é saber exatamente essa intervenção e a influência na produtividade, resultado na colheita”, salienta.

O professor ressalta a grande preocupação da queima de tecnologia quando não é concebida de forma eficaz. Mas, conforme Santi, as empresas que lidam com agricultura de precisão já estão atuando de forma madura e conscientizando o produtor da utilização correta da ferramenta. “É importante utilizar a tecnologia a nosso favor, mas não tem milagre se não utilizarmos sistemas que realmente façam a diferença”, observa.

Santi lembrou também aos produtores que há muito pouco cuidado com o solo no inverno e preocupação maior com a safra de verão. Segundo o especialista, é preciso reduzir a variabilidade de inverno para elevar a eficiência de produção no verão.

Lógica da produção de grãos depende do uso da inovação

A lógica da produção de arroz, soja e milho no Rio Grande do Sul foi o tema da palestra do professor, engenheiro agrônomo e diretor do Instituto Incia, Elmar Floss, que participou do Seminário Cooplantio.  Para o sucesso de desempenho das lavouras, segundo Floss, o agricultor precisa ir além da adoção de tecnologias. Ele avalia que os resultados chegam com a conjugação de quatro verbos: diagnosticar, avaliar, aplicar e inovar. “O produtor deve descobrir os fatores limitantes, buscar a utilização das tecnologias de forma racional e precisa ver no ponto de vista econômico as tecnologias que podem dar maior rentabilidade”, salienta.

Floss acredita que a agricultura do Rio Grande do Sul está evoluindo depois de anos de estagnação por causa da adoção do ‘agroconhecimento’, no qual analisou que existe uma renovação periódica do mesmo. Mas a aplicabilidade de forma correta e sensata é que define o bom desempenho da produção. “É preciso buscar a tecnologia mais adequada para a sua situação, mas não adianta buscar receita e olhar o vizinho, pois cada gleba tem suas diferenças”, observa.

Fonte

Jornal do Comercio

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