A produção de extrativismo vegetal e de regeneração florestal no país registrou o valor de R$ 20,8 bilhões, em 2014, informa pesquisa divulgada no dia 4 de novembro de 2015, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Do total, a atividade econômica que se ocupa das atividades ligadas a implantação e regeneração de florestas — a silvicultura — contribuiu com 77,7%, o equivalente a R$ 16,1 bilhões. Já a extração vegetal (coleta ou retirada de produtos em matas e florestas nativas) participou com 22,3% do total, o equivalente a R$ 4,6 bilhões.

A pesquisa, denominada Produção da Extração Vegetal e Silvicultura (Pevs), indica que o valor de produção da madeira cultivada chegou a R$ 15,9 bilhões e o da madeira proveniente do extrativismo atingiu R$ 3,2 bilhões.

O levantamento do IBGE informa que, de um total de 146,5 milhões de metros cúbicos (m³) de madeira em tora, 90,6% originaram-se da silvicultura (florestas plantadas) e apenas 9,4% do extrativismo vegetal. No entanto, a quantidade de madeira em tora proveniente do extrativismo aumentou 1,8%, entre 2013 e 2014.

Segundo a pesquisa, os 20 maiores municípios produtores responderam por 49,6% da produção nacional, com destaque para Porto Velho, em Rondônia, com 1,5 milhão de m³; Portel, no Pará, com 1,1 milhão de m³; e Itagimirim, a Bahia, com 467,6 mil m³.

O carvão proveniente de reflorestamento — que faz parte da silvicultura – respondeu por 85,9% da produção desse produto, o equivalente a 7,2 milhões de toneladas; já o carvão resultante do extrativismo vegetal, ou seja, que envolveu a derrubada de floresta, envolveu 14,1% do total da produção.

A produção de lenha atingiu no ano passado 85 milhões de m³. Desse total, a produção de lenha proveniente da silvicultura respondeu por 66% da produção. O extrativismo vegetal colaborou com 34% do total produzido.

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A crescente produção de lenha e carvão a partir da implantação e regeneração de florestas (silvicultura) vem contribuindo para a diminuição da pressão sobre as florestas nativas do país, disse àAgência Brasil o pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Luiz Celso Lins.

Dados da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs 2014), divulgados pelo IBGE, mostram que a produção de extrativismo vegetal e de regeneração florestal no país registrou o valor de R$ 20,8 bilhões, em 2014. Do total, a atividade econômica que se ocupa das atividades ligadas a implantação e regeneração de florestas — a silvicultura — contribuiu com 77,7%, o equivalente a R$ 16,1 bilhões. Já a extração vegetal (coleta ou retirada de produtos em matas e florestas nativas) participou com 22,3% do total, o equivalente a R$ 4,6 bilhões.

“[Os números mostram que] o carvão e a lenha vêm sendo substituídos por madeira advinda da silvicultura, principalmente o eucaliptos e o pinos, diminuindo a pressão sobre as florestas: o setor de carvão, por exemplo, hoje já tem os seus próprios plantios”, disse o técnico.

Celso Lins lembrou que, em 1990, a extração vegetal chegava a responder por 67% de toda a madeira produzida, enquanto a silvicultura era responsável por apenas 33% do produto obtido em florestas brasileira. Cinco anos depois, esse percentual inverteu-se: a extração vegetal respondia por apenas 47% da madeira produzida, enquanto a silvicultura correspondia a 53%. Em 2000, as florestas plantadas já respondiam por 77% da produção total de madeira.

Para Celso Lins, no entanto, o processo de inversão é decorrente da fiscalização, que tem atuado com mais eficácia, com alguns estados. Alguns estados, observou, tornaram obrigatório o uso de madeira proveniente da silvicultura para a indústria moveleira e olarias.

FONTE

Agência Brasil
Nielmar de Oliveira — Repórter
José Romildo – Edição

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