Em comunicado amplo direcionado às autoridades sanitárias de todo o mundo, aOrganização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) ressalta que a resposta [mundial] à ocorrência do vírus H7N9 na China requer severas medidas de biosseguridade. Além disso, alertou para o fato de que, ao contrário de outras cepas virais da Influenza (aí incluso o H5N1, caracterizado como de alta patogenicidade), a cepa chinesa do H7N9 é de difícil detecção nas aves, pois ocasiona leve ou nenhum sinal clínico.

Referindo-se a essa característica do vírus, o veterinário-chefe da FAO, Juan Lubroth, observa que, "diferente do H5N1, responsável por alta mortalidade das aves, o vírus atual não emite alerta que sinalize a ocorrência de uma infecção. Isso significa que o vírus pode estar circulando em um plantel sem que o criador esteja ciente disso". Daí a necessidade de "rigorosas medidas de higiene e biosseguridade".

Sob esse aspecto, aliás, é curioso constatar que, mesmo sendo responsabilizado pela morte de várias pessoas na China (até ontem foram oito), o H7N9 continua sendo caracterizado como um vírus de baixa patogenicidade.

FAO explica que os vírus H7 são considerados de baixa patogenicidade exatamente por infectarem as aves de maneira assintomática, ou seja, sem que surjam sinais de existência da doença. E a inexistência de um quadro clínico é que torna difícil a detecção da presença do vírus no plantel. Exceto na Ásia - onde a convivência entre homens e animais é muito íntima - é pouco provável a ocorrência de casos humanos da doença em outros continentes.

FAO recomenda - "enquanto o novo vírus se encontra sob avaliação", algumas medidas de prevenção, entre elas manter absoluto isolamento entre aves silvestres e criações de aves comerciais (ou mesmo criações de outros animais); manter separados e à distância (das criações de aves comerciais) outros animais ou, mesmo, aves de diferentes espécies - medida que ajuda a prevenir a transmissão do vírus no caso de uma eventual infecção; ante as autoridades veterinárias ou de saúde pública informadas sobre a ocorrência anormal de doença ou mortalidade em animais. Se isto não for possível, trocar ideias a respeito com vizinhos e líderes comunitários.

Novos casos

China encontrou novos casos de gripe aviária em cinco mercados de aves vivas no leste do país, informa relatório publicado ontem no site da Organização Mundial de Saúde Animal.

China disse que o vírus da gripe aviária foi encontrado em três mercados de aves vivas na província de Jiangsu, um na província de Anhui e um na de Zheijiang, afirmou o relatório.

FONTE:Jornal Agrosoft

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