Leite rico em nutrientes, produzido 5 a 7 dias após o parto, é utilizado em vários países

A Câmara dos Deputados debateu nesta quinta-feira, 19, a utilização do produto para consumo humano. O encontro, proposto pelo presidente da Subcomissão de Política Agrícola, deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS), e baseado em estudo da veterinária Mara Helena Saalfeld, da Emater/RS, contou com a presença do deputado estadual Ronaldo Santini, de representantes do Ministério da Agricultura (Mapa), da Anvisa e da UFPEL.
 
O colostro - leite rico em nutrientes produzido 5 a 7 dias após o parto - é utilizado para o consumo humano na Europa, Estados Unidos, China, Turquia, Austrália e Nova Zelândia, mas proibido no Brasil devido a um decreto de 1952, quando não havia tecnologia no país para a sua pasteurização.
 
“Vamos trabalhar para que o tema seja priorizado pelo ministério a fim de que seja revisado esse decreto com mais de 60 anos e possibilitado o seu uso. O rebanho de vacas em lactação no país é de quase 39 milhões, ou seja, não há explicação para se abrir mão desse alimento rico em nutrientes e que acaba descartado”, frisou Alceu Moreira, que pré-agendou um novo encontro no Mapa, a fim de ampliar a discussão entre um grupo técnico.
 
“A utilização do colostro engloba a produção de alimentos, medicamentos, suplementos nutricionais e o tratamento de doenças gastrointestinais. Além dessa ampla gama de produtos e subprodutos, pode ser mais um fonte de renda para os agricultores, até porque o valor agregado a esse produto é maior do que o leite cru”, completou a veterinária Mara Saalfeld.
 
De acordo com Alexandre Campos, do Departamento de Inspeção do Mapa, o debate é possível e com a provocação da audiência será dado o devido prosseguimento pela pasta, o que foi ratificado pela representante da Anvisa, Fátima Braga.

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