Com aulas gravadas por alunos, Me Passa Aí reúne mais de 1.400 vídeos de engenharia, arquitetura, sistemas de informação, direito e administração. Confira na reportagem abaixo.


Quando um aluno entra no ensino superior, o tempo começa a se tornar cada vez mais escasso. Entre a universidade e o trabalho, ainda é preciso encontrar um intervalo para revisar conteúdos, fazer atividades e estudar para as provas. O professor universitário Luiz Gustavo Borges percebia essa dificuldade toda vez que passava uma lista de exercícios para a sua turma de engenharia resolver em casa. Na tentativa de ajudar, a solução encontrada por ele foi começar a gravar videoaulas curtas com os conteúdos da sua matéria, experiência que acabou dando origem ao site Me Passa Aí.

Com vídeos de até oito minutos, a plataforma reúne mais de 1.400 aulas nas áreas de engenharia, arquitetura, sistemas de informação, direito e administração. De acordo com o professor, a intenção é servir como reforço para universitários que não conseguiram entender a matéria ou até mesmo perderam uma aula. Tudo isso com vídeos curtos, pensando em quem precisa conciliar trabalho e faculdade.

A ideia surgiu em outubro de 2013, com gravações focadas em engenharia. “Ficamos durante um tempo apenas produzindo conteúdos, porque a gente achava que não poderia frustrar o nosso aluno, de entrar para estudar cálculo e encontrar apenas 15 aulas”, conta Borges, que é coordenador do curso de engenharia de produção da Faculdade Redentor, em Itaperuna, interior do Rio de Janeiro.

Apostando em um modelo diferente, as videoaulas são gravadas por universitários e recém-formados, os chamados nerds. “Como se fosse um amigo que senta com você para estudar”, compara, ao mencionar que o estudante gosta de aprender com alguém que fala a língua dele. “O aluno entende o problema que o outro aluno tem. Ele te dá o caminho das pedras, diferente daquele professor doutor que tem um nível de escolaridade muito avançado e acha tudo muito fácil.”

Os estudantes que gravam os vídeos são escolhidos por indicações ou pesquisas nas faculdades. “Perguntamos quem são aqueles alunos que se destacam, são monitores de sala e já tem uma prática de ensino”, explica Borges. Ao serem convidados para dar uma aula, eles são supervisionados por um professor e treinados para se adequar ao formato da plataforma. Eles são remunerados por vídeo e podem contabilizar a gravação no seu currículo acadêmico.

Nas videoaulas de fundamentos da eletricidade, por exemplo, um estudante de engenharia mecânica ensina sobre corrente elétrica. Assim como outros quase 280 vídeos, essa aula é gratuita. No entanto, para ter acesso a todos os conteúdos é necessário optar por um plano de assinatura. Os valores variam entre R$ 19,90 (mensal), R$ 59,90 (semestral) e R$ 99,90 (anual), com a possibilidade de baixar materiais de estudo e emitir certificados de horas complementares.

“Agora estamos trabalhando para que os alunos possam combinar aulas particulares de reforço dentro da plataforma e consigam organizar grupos de estudo”, planeja o professor.

FONTE

Porvir
Marina Lopes – Jornalista

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