Relatório da Defesa Agropecuária do Estado aponta que 4,5 mi de plantas de laranja foram eliminadas para mudança de atividade

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária de São Paulo recebeu mais de 13 mil relatórios de inspeção de pomares, realizados pelos produtores comerciais de citros do Estado. Os citricultores informaram que foram inspecionadas 193 milhões de plantas cítricas (26,3 milhões de plantas a menos do que o informado no primeiro semestre).

Segundo os relatórios, foram erradicadas 3,5 milhões de plantas com sintomas de greening, 70,7 mil de cancro cítrico, 3,7 milhões de outras doenças e por outros motivos e 4,5 milhões de plantas eliminadas pela mudança de atividade. No mesmo período, um milhão de plantas cítricas foram replantadas.

As regiões com maior porcentagem de plantas eliminadas por causa do greening foram Limeira (4,8%), Ribeirão Preto (4,7%), Araraquara (2,9%), Jaú (2,8%), Jaboticabal, (2,4%), São João da Boa Vista (2,3%), e Mogi Mirim (2,0%). Os índices foram calculados tendo como base o total de plantas cítricas inspecionadas e o total de plantas eliminadas com sintoma do HBL no respectivo EDA.

Utilizando a mesma base, o relatório mostra que os maiores índices de eliminação de plantas com sintomas do cancro cítrico estão nas regiões de General Salgado (1,00%), Jales (0,32%), Lins (0,07%), Barretos (0,05%) e Catanduva (0,05%).

Inspeções

Com base na Resolução SAA-147, de outubro do ano passado, o citricultor não é mais obrigado a erradicar as plantas no raio de 30 metros a partir da planta contaminada, mas ele precisa eliminar a planta contaminada e pulverizar com calda cúprica, na concentração de 0,1% de cobre metálico, as plantas de citros num raio perifocal de, no mínimo, 30 metros da planta contaminada, que foi eliminada. A pulverização deve ser repetida a cada brotação e informada no relatório semestral.

Mesmo não encontrando plantas com sintomas de greening e cancro cítrico, o citricultor deve preencher o relatório e enviá-lo. Caso tenha deixado a atividade, é preciso regularizar a situação, zerando o número de plantas no relatório. 

Se durante uma inspeção do órgão oficial for detectada a ocorrência de cancro cítrico, serão colhidas amostras em plantas suspeitas e, se confirmadas como positivas, deverão ser eliminadas imediatamente e a propriedade entrar em quarentena por dois anos.

Os citricultores que deixaram de relatar as inspeções no semestre estão sendo notificados pela Defesa Agropecuária para que apresentem o relatório. O produtor que não entregar está sujeito a multas que variam de 100 a 500 unidades fiscais do estado de São Paulo (Ufesps). O valor de cada unidade é de R$ 20,14.

Fonte

Globo Rural


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